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terça-feira, 29 de maio de 2012

Caiana dos Crioulos - Ciranda, Coco de Roda e Outros Cantos (2003)




Myspace do Grupo:


01- Rosa roseira, tomar banho, xô lavandeira, a dona da casa
02- Pisei na pedra, chuva chovendo, piaba
03- A lavandeira, morena jardineira
04- Eu vi cantar o sabiá
05- Passarinho da lagoa, chuva chovendo
06- Pífanos
07- Fala de Seu Zuza e pífano
08- Oh papai (intrumental)
09- Meu relógio de parede, velho cirandeiro
10 - Avião da viúva, arrocha o bumba, o meu balão
11- Rosa, lourinha
12- Benedito de Nosa Senhora da Conceição
13- O retrato de Creuza, chorei, oh dendê
14- Lê lê o cauá
15- Benedito de São José
16- Viva São José
17- Coresse nego, oh menina bonita, o galo cantou, um coco novo
18- Açucena, rapaz solteiro, carrapichina, estrela Dalva
19- Canina, Adeus
20- Adeus




Quilombo de Caiana dos Crioulos reverencia sua história nas rodas de ciranda e no coco-de-roda.

Seu Zuza (a esq.) Dona Edite do Coco e Tota o atual pifeiro no surdo.
A comunidade quilombola de Caiana dos Crioulos, localizada no município de Alagoa Grande, distante 125 quilômetros de João Pessoa, reverencia e preserva a cultura dos antepassados através do canto e da dança. “Não há uma festa no ano que não tenha uma ciranda, um coco-de-roda”, explica Severina Luzia da Silva, ou Cida, 38 anos. Além de agricultora, ela é uma das integrantes do grupo musical que leva o nome da comunidade.

A tradição na comunidade é tão forte que Cida diz não lembrar quando ou como começou a usar a voz e o corpo para executar o coco. “Antigamente, não tinha uma outra diversão na cidade que não fosse essa. Só lembro que o povo se reunia nas festas e ficava dançando e cantando a noite toda. E eu lá com eles”, revela a quilombola, abrindo um sorriso.

Em Caiana dos Crioulos, ainda segundo Cida, bastava juntar algumas pessoas para que se formasse uma roda de ciranda ou de coco. “O pessoal vinha chegando para rezar um terço ou uma novena, mas não deixava de brincar.” Além do canto e da dança, as rodas em Caiana também têm o pífano (instrumento de sopro), o triângulo, a zabumba e o ganzá (instrumentos percussivos).

Preocupados em manter a cultura local, os moradores incentivam a participação de crianças e jovens nas apresentações. “Temos também um grupo de ciranda-mirim, para não deixar morrer a tradição. Os mais velhos vão deixando o aprendizado para os mais novos”, completa Cida. A comunidade abriga aproximadamente 800 pessoas (cerca de 150 famílias), o que deve garantir muitas gerações de coquistas.

Registro em CD

O que era “brincadeira” acabou virando coisa séria, com o surgimento do grupo musical Caiana dos Crioulos, formado por quilombolas da comunidade. O grupo já lançou um disco, gravado em 2003, chamado Ciranda, coco-de-roda e outros cantos.

A brincadeira do coco – como os habitantes do local chamam – foi levada para o CD. O registro, feito na própria comunidade, tem um clima descontraído, dando uma leve impressão de como são as festas na comunidade. Risadas, falas e cânticos religiosos se misturam com a melodia das canções, tudo de forma bem natural.

O trabalho foi feito pela produtora e cantora paraibana Socorro Lira e é o primeiro volume do projeto Memória Musical da Paraíba. O grupo já se apresentou em várias cidades do Estado e, segundo Cida, pretende gravar mais um disco em 2007.
(Texto retirado do site: http://ombudspe.org.br/brasilquilombola/?p=13 )


O Artigo CAIANA, COCO E CIRANDA:  AS CIRANDEIRAS DE CAIANA DOS CRIOULOS E A ARTE DE (RE) INVENTAR AS TRADIÇÕES E O COTIDIANO de Janailson Macêdo Luiz e Maria Lindaci Gomes de Souza pode ser lido no seguinte link:
http://itaporanga.net/genero/gt1/1.pdf


Veja como foi a passagem do Projeto Pifercussão pelo Quilombo de Caiana dos Crioulos:
http://pifercussao.blogspot.pt/2010/09/pifercussao-em-caiana-dos-crioulos.html






2 comentários:

  1. O link tá indisponível no mediafire. É possível postar novamente? Abraço.

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  2. Boa tarde. O link está indisponível. Será que é possível re-postá-lo?
    Gratidão.

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